quarta-feira, 24 de junho de 2009

Battlefield - Capítulo 2

O começo de um plano

Harry se aproveitou de uma oportunidade que chegaria dali a dois dias para executar o seu plano: Molly Weasley, matriarca da família Weasley, resolveu dar uma festa em comemoração ao fim da II Guerra do Mundo Bruxo, que completaria um ano.
Ela teve a boa intenção de tirar o clima triste que se aproximava da casa, pois também faria um ano da morte de Fred e ter a mente ocupada com afazeres sempre a ajudou a esquecer as coisas ruins.
Ele perguntou casualmente a Ginny, enquanto ela se servia de suco de abóbora, se poderiam comemorar o aniversário de namoro na mesma ocasião:
- O que há com você? – ela perguntou, desconfiada e continuou depois de um gole de suco – Nunca foi chegado a essas comemorações festivas...
- Digamos que eu quero aprender a ser mais... Huuuum, romântico – respondeu Harry, evasivamente.
-Tudo bem, eu só realmente não sei o que há de romântico numa festa estilo Weasley.
- Você verá. – ele falou e ela olhou mais desconfiada ainda - E nem adianta tentar arrancar isso de mim!
- Veremos – ela levantou decidida, levando nas mãos o prato vazio do almoço para lavar.
A garota não imagina que ele tinha grandes planos para essa festa e pretendia, como dizem os trouxas, matar dois coelhos numa cajadada só.
Ele terminou de almoçar e escreveu, então, cartas convidando Ron e Hermione e fazendo questão da presença deles, de maneira até um pouco mal educada, e enviou uma de cada vez, por Píchi, já que não teve coragem de comprar outro coruja depois de Edwiges: ela era insubstituível.
Quando a corujinha bateu na janela dos Granger, Hermione a abriu receosa e – por que não dizer – um pouco esperançosa:
- Opa! Calma, fique quietinho para eu poder tirar a carta sem rasgar... Ah, é do Harry.

“Querida Hermione,
Escrevi para te convidar à festa que a Sr.ª Weasley vai dar em comemoração ao fim da II Guerra, que fará um ano daqui a dois dias. E há um motivo adicional para você ir: eu vou comemorar meu aniversário de namoro com a Ginny e preciso de sua ajuda para fazer uma surpresa.
Sua presença é indispensável, ou seja, não aceito “não” como resposta.
Sinceramente,
Harry.”

A garota olhou estarrecida para a carta. Que insensibilidade do Harry falar em aniversário de namoro com ela nesse estado emocional!
Pensou, contudo, na Sr.ª Weasley e em toda a família triste pela perda de Fred, precisando muito do apoio dos amigos e da alegria de uma festa. Estava decidido, ela irá.
Ainda que, ao pensar na família, ela não tenha esquecido que o motivo de todo aquele rancor que guardava em si também estaria lá.
“Apesar de ele não ser, eu sou suficientemente madura para enfrentar essa situação”-pensou ela.
“Será?”-outra voz em sua cabeça argumentou.
Ela resolveu ignorar essa vozinha irritante, responder a carta e observar Pichitinho voar até onde sua visão permitiu enxergar.
Quando a carta de Ron chegou, a primeira coisa que ele pensou foi que era bem idiota o Harry enviar uma carta se os dois só estavam em cômodos diferentes da Toca.
O ruivo acabara de dar entrada no seu primeiro apartamento - o apartamento que ele sonhou um dia dividir com a garota que amava - com as economias dos três primeiros meses de trabalho como goleiro do Chudley Cannons e ainda está de mudanças, vasculhando a Toca atrás de coisas suas.

“Ron,
Preciso falar contigo agora sobre a festa de depois de amanhã.
E você não se atreva a inventar qualquer
desculpa para faltar, sabe que sua família precisa muito de todos unidos!
Harry.”

Ronald foi se encontrar com o amigo no seu futuro-ex-quarto, sinceramente curioso para saber o motivo da urgência e da rispidez.

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